Brasil e China discutem Plano Decenal de Cooperação
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, se reuniu nesta quarta-feira, 16, com o embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, para discutir o Plano Decenal de Cooperação (2012-2021), que deverá ser assinado em junho pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao e a presidente Dilma Rousseff.
Jiabao conversou com a presidente brasileira na última quinta-feira, 17, e confirmou a disposição da China em trabalhar com o Brasil para ampliar a associação estratégica bilateral e aprofundar as relações com os demais países latino-americanos.
Os dois devem encontrar-se à margem da Conferência Rio+20. O Plano Decenal de Cooperação foi acertado por ambos durante visita da presidente brasileira à China, em abril do ano passado.
Marco Antonio Raupp considera importante elevar e aprofundar o nível das parcerias a partir de uma maior integração das empresas dos dois países.
Segundo ele, "o envolvimento das empresas na área de pesquisa e desenvolvimento é importante para o Brasil e a China, principalmente, nos setores espacial e de nanotecnologia".
O embaixador da China informou que a intenção do país é compartilhar experiências e criar um novo sistema de ciência e tecnologia com a participação das empresas. "Um sistema inovador integrado de produção e pesquisa, com cooperação de laboratórios mistos", afirmou.
Li Jinzhang elogiou ainda os avanços tecnológicos brasileiros na área de energia, comentando que a parceria sino-brasileira deve ser aprofundada para o desenvolvimento do potencial brasileiro na produção de energias renováveis, como solar, eólica e de biomassa. O setor foi ressaltado como uma vertente interessante na relação entre os dois países.
De acordo com o MCTI, a intenção é que o Plano Decenal de Cooperação seja também incorporado ao Plano de Ação Conjunta 2010-2014 (PAC), cujo escopo abrange as áreas incomuns da agenda sino-brasileira. A vigência do plano de ação seria, então, estendida até 2021.
Fonte: www.inforel.org, 19/05/2012